PF investiga desvio milionário na Secretaria de Saúde de Cuiabá

A organização criminosa investigada pela Polícia Federal por envolvimento em um esquema na Secretaria de Saúde de Cuiabá recebeu pagamentos que superam os R$ 100 milhões em contratos entre os anos de 2019 e 2021.

A Operação Curare foi deflagrada pela PF, e cumpriu 21 mandados em Cuiabá, Curitiba e Balneário Camboriú (SC).

Entre os alvos está o atual secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues.

A Polícia Federal de Mato Grosso apreendeu mais de R$ 30 mil em espécie na residência do ex-secretário de Saúde de Cuiabá Célio Rodrigue,durante a operação Curare.

 

Célio foi alvo da Operação Curare, deflagrada pela Polícia Federal com o apoio do DenaSUS (Ministério da Saúde), e teve sua casa vasculhada pelos agentes.

 

Além do dinheiro, os policiais também levaram documentos da residência do ex-secretário.

 

Operação Curare

 

A Polícia Federal cumpriu 21 mandados de busca e apreensão em Cuiabá, Curitiba (PR) e Balneário Camboriú (SC), além de medidas cautelares de suspensão de contratos administrativos e de pagamento “indenizatórios”.

 

Além da exoneração de Célio, o secretário interino de Gestão Alexandre Beloto também foi afastado. Isso porque, Beloto esteve a frente da direção da Empresa Cuiabana de Saúde – que é alvo da operação – em anos anteriores.

 

Conforme a PF, o grupo atuava na prestação de serviços especializados em saúde em Cuiabá, especialmente em relação ao gerenciamento de leitos de unidade de terapia intensiva exclusivos para o tratamento de pacientes acometidos pela Covid-19.

 

Entretanto, as contratações emergenciais e os pagamentos “indenizatórios” abarcariam serviços variados como a realização de plantões médicos, disponibilização de profissionais de saúde, sobreaviso de especialidades médicas, comodato de equipamentos de diagnóstico por imagem, transporte de pacientes etc, diz a nota da PF.

 

As investigações apontam que as empresas investigadas forneciam orçamentos de suporte em falsos procedimentos de compra emergencial, como se fossem concorrentes.

 

“Porém, a investigação demonstrou a existência de subcontratações entre as pessoas jurídicas, que, em alguns casos, não passam de sociedades empresariais de fachada”, diz a PF.

 

Segundo a Polícia Federal, simultaneamente ao agravamento da pandemia, o núcleo empresarial passou a ocupar, cada vez mais, postos chaves nos serviços públicos prestados pela Secretaria Municipal de Saúde e Empresa Cuiabana de Saúde Pública, assumindo a condição de um dos principais fornecedores da Prefeitura de Cuiabá.

 

Os pagamentos ao grupo superam R$ 100 milhões entre os anos de 2019 a 2021.

 

 

acgp

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