No mês de janeiro, os preços ao consumidor na China experimentaram uma queda maior em mais de 14 anos, aumentando a pressão sobre as autoridades para adotarem medidas vigorosas a fim de estimular a economia do país. O índice de preços ao consumidor registrou uma queda de 0,8% em relação ao ano anterior, marcando o declínio mais significativo desde setembro de 2009. Essa tendência, impulsionada principalmente pela queda nos preços dos alimentos, ressalta os desafios econômicos enfrentados pela segunda maior economia do mundo.
Simultaneamente, os preços ao produtor também tiveram uma redução especial, caindo 2,5% em comparação com o ano anterior. Esse declínio persistente nas fábricas não afeta apenas os produtores, mas representa uma ameaça direta à sobrevivência de exportadores menores chineses, envolvidos em guerras de preços implacáveis ??por negócios cada vez menores.
Especialistas econômicos alertaram para o risco iminente de uma expectativa deflacionária entre os consumidores chineses. Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management, destaca a necessidade de ações rápidas e agressivas para evitar que a deflação enraíze o comportamento do consumidor. A persistente deflação nas fábricas também coloca uma pressão adicional sobre os fabricantes em seus esforços para recuperar negócios perdidos.
Apesar do crescimento econômico de 5,2% em 2023, atingindo a meta oficial de cerca de 5%, a recuperação da China tem sido mais assustadora do que o esperado pelos investidores. Os especialistas em política econômica preveem que Pequim manterá uma meta de crescimento semelhante ao do ano passado, em torno de 5%, enquanto a economia global continua a enfrentar desafios significativos. As informações são da Reuters.