Fiems alerta: alta da Selic pode comprometer a competitividade e o crescimento econômico em 2025

Enquanto o país observa com preocupação o movimento do Copom em elevar a taxa Selic em mais 1%, a Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul) adota uma posição clara: a decisão é equivocada e pode aprofundar os desafios enfrentados pela economia brasileira. Sob a liderança de Sérgio Longen, a entidade se coloca como uma voz em defesa da competitividade empresarial e do equilíbrio fiscal.

“O aumento da Selic compromete diretamente os investimentos no agronegócio, no comércio e na indústria”, afirma Longen. Para ele, a decisão agrava um cenário já pressionado por inflação alta, custos financeiros crescentes e dificuldades estruturais no mercado de trabalho.

Uma análise do ciclo econômico

Para a Fiems, o atual ciclo de juros altos é consequência direta do descontrole fiscal. Longen explica que, sem contenção de despesas públicas, o governo recorre ao mercado para captar recursos, o que encarece o crédito e pressiona o dólar. “Os juros estão altos porque a inflação está elevada. E por que a inflação sobe? Porque o governo não consegue conter suas despesas”, pontua.

O dólar elevado, por sua vez, encarece as matérias-primas importadas, criando um círculo vicioso que, segundo a análise da Fiems, compromete tanto a produção quanto o consumo no país.

Impactos na indústria e no emprego – Longen destaca que o impacto da Selic não se restringe aos números macroeconômicos, mas afeta diretamente a saúde das empresas e a capacidade de geração de empregos. Ele alerta para os desafios enfrentados por setores que já estão endividados com empréstimos a juros flutuantes e cita a dificuldade de algumas empresas em contratar mão de obra, devido ao desalinhamento entre benefícios sociais e as demandas do mercado.

“O cenário para 2025 é preocupante. Se continuarmos nesse alinhamento de gastos descontrolados e juros altos, veremos uma quebradeira generalizada nas empresas, o que impactará toda a cadeia econômica do país”, afirma Longen.

Um apelo ao Congresso Nacional

A Fiems reforça que é fundamental mobilizar o Congresso Nacional para promover um controle mais rigoroso das contas públicas. Para Longen, os empresários precisam assumir um papel ativo nesse debate: “Precisamos pressionar o Congresso para conter a política de gastança do Governo Federal. Só assim podemos criar condições para uma economia mais equilibrada e competitiva.”

Um chamado à ação

Em meio às projeções do Boletim Focus, que aponta uma queda no crescimento do PIB de 3,4% em 2024 para 2,0% em 2025, a Fiems assume a liderança na defesa de um debate mais amplo sobre políticas econômicas que combinem sustentabilidade fiscal e estímulo ao desenvolvimento.

Sob a liderança de Sérgio Longen, a entidade continua a exercer seu papel de articuladora e defensora dos interesses da indústria e da economia regional, apontando caminhos para superar os desafios do presente e construir um futuro mais sólido para o setor produtivo.

 

 

 

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