A persistente névoa de fumaça que cobre Mato Grosso do Sul devido aos incêndios no Pantanal não se limita mais às fronteiras do estado. Estados do Sul do Brasil, como Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, agora também testemunham os efeitos desse fenômeno atmosférico preocupante.
O fenômeno conhecido como “Sol difuso” já é perceptível nessas regiões, onde a intensidade luminosa é reduzida pela fumaça na atmosfera, resultando em uma coloração alaranjada do astro solar. Ventos com velocidades superiores a 20 km/h estão direcionando as partículas de fumaça em direção ao Oceano Atlântico, como indicado pelo monitoramento em tempo real do Windy.
Além dos incêndios no Pantanal, as imagens de satélite do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) revelam que o aumento da concentração de dióxido de carbono, derivado da combustão, também está relacionado a incêndios na Amazônia boliviana. Corredores de vento provenientes do bioma amazônico transportam essas partículas em direção ao oceano, evidenciando a interconexão dos impactos ambientais na América do Sul.