Pantanal se destaca em levantamento sobre estoques de carbono realizado por UEMS e Embrapa

No panorama das mudanças climáticas, o Pantanal não aparece apenas como cenário de biodiversidade — agora também como peça-chave na fixação de carbono. Um estudo conduzido pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), em parceria com a Embrapa Gado de Corte e a Associação dos Criadores de Mato Grosso, revelou que a Bacia do Alto Paraguai reúne locais com estoques de carbono por hectare que alcançam mais de 33 toneladas. O levantamento abrangeu 59 localidades entre abril e setembro de 2023, com uso de sensoriamento remoto e validação em campo.

No estudo chamado Atlas do Estoque de Carbono em Formações Vegetais da Bacia do Alto Paraguai, foi identificado que municípios como Poconé, em Mato Grosso, registraram valores de 33,42 toneladas por hectare. Em Barão de Melgaço esse índice foi de 28,78 toneladas. Os resultados dão um novo olhar para o Pantanal, não só como conservação, mas também como recurso estratégico para o mercado de créditos de carbono e políticas públicas.

Para o professor Fábio Ayres, que liderou a pesquisa, os dados mostram que a pecuária tradicional com pastagens nativas pode conviver com a manutenção desses estoques, desde que o manejo seja cuidadosamente sustentável. Ele afirma que proteger o Pantanal é garantir equilíbrio entre produção, conservação e valor ambiental.

A apresentação oficial do estudo está marcada para o dia 11 de novembro, no Centro de Estudos de Fronteira General Padilha, em Campo Grande. O reitor da UEMS, professor Laércio de Carvalho, participa da divulgação para reafirmar o compromisso da universidade com desenvolvimento sustentável e ciência aplicada.

Com isso, o Pantanal ganha protagonismo na agenda ambiental do Brasil e reforça sua importância diante da COP30. O estudo oferece base científica para planejamento territorial, políticas públicas e para a valoração de ativos ambientais, colocando a região como um dos pilares da mitigação climática.

 

 

fonte:UEMS

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