A Polícia Federal realizou na quarta-feira (15), a Operação Forja, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada na produção, montagem e comércio ilegal de armas de fogo de uso restrito.
A capacidade estimada é de 3,5 mil fuzis por ano, que abasteciam as principais facções criminosas do Rio de Janeiro, ligadas ao Comando Vermelho, segundo reportagem da Agência Brasil.
A ação, articulada em conjunto com o Gaeco/MPF(Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Federal), contou com o apoio da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Cerca de 50 policiais federais saíram às ruas para cumprir 10 mandados de prisão preventiva e oito mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Além das prisões e buscas, a Justiça Federal determinou o sequestro de R$ 40 milhões em bens e valores dos investigados, visando descapitalizar a organização criminosa.
Na ação de hoje, foram presas sete pessoas, sendo duas no Rio de Janeiro e outras cinco em São Paulo.
O nome da operação, “Forja”, é uma referência direta à atividade principal do grupo: a fabricação (forja) clandestina de armamentos em escala industrial.
Comando da organização
A investigação é um desdobramento da Operação Wardogs, realizada em outubro de 2023, na qual o líder do grupo, Silas Diniz, foi preso em flagrante com 47 fuzis, levando ao desmantelamento de uma primeira fábrica em Belo Horizonte (MG). Mesmo em prisão domiciliar, ele continuou comandando a organização.
No apartamento de Diniz, em frente a praia da Barra da Tijuca, zona sudoeste do Rio, a PF apreendeu R$ 158 mil em dinheiro. Ele e a esposa foram presos.
O grupo criminoso também importava componentes de fuzis dos Estados Unidos e da China, utilizando maquinário industrial de alta precisão para produzir as peças em território nacional. As armas produzidas eram destinadas a facções criminosas do Rio de Janeiro, com entregas coordenadas para o Complexo do Alemão, na Penha, zona norte da cidade e para a comunidade da Rocinha, zona sul do Rio.
Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa majorada, tráfico Internacional de arma de fogo de uso restrito, comércio ilegal de arma de fogo de uso restrito.
ag.brasil
