Após 16 meses, os mais de 200 mil alunos da Rede Estadual de Ensino (REE) de Mato Grosso do Sul voltarão para as salas de aula a partir do dia 2 de agosto. Durante reunião estratégica para a volta às aulas, realizada nesta sexta-feira (23), na Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), a secretária estadual de educação, Maria Cecilia da Motta, detalhou como será retorno.
As aulas presenciais voltarão em um esquema com rodízio de alunos e a quantidade de alunos em sala de aula será definida a partir da coloração da bandeira de cada município, definidas pelo Programa de Saúde e Segurança da Economia (Prosseguir). Serão aceitos no máximo de 30 alunos por sala de aula.
Em cidades com bandeira cinza, considerada de risco extremo serão aceitos 30% dos estudantes presentes em sala, no máximo 9 alunos; na bandeira vermelha, de grau alto, 50% dos estudantes, não ultrapassando 15 alunos; no grau médio, da bandeira laranja 70% dos estudantes poderão frequentar as salas de aula, que daria no máximo 21 alunos em sala de aula; em grau tolerável de bandeira amarela 90% ou até 27 estudantes poderão estar presentes em sala e em grau de risco baixo da bandeira verde, todos os alunos poderão frequentar as aulas simultaneamente.
“Nós criamos um comitê com todos os órgãos de controle do estado, escolas particulares e públicas e depois de muito debate, surgiu esse protocolo de volta as aulas”, afirmou a secretária estadual de Saúde. Ainda de acordo com a titular da educação, tudo foi pensado para que o ambiente escolar votasse ao normal com “professores e alunos dentro do ambiente escola”.
Representando o Ministério Público de Mato Grosso do Sul, a promotora Vera Aparecida Cardoso Bogalho Frost, defendeu o retorno imediato das aulas presenciais nas escolas públicas dos 79 municípios do Estado.
“Jamais um ensino remoto vai substituir o presencial, seja qual for a instituição, particular ou publica, professores, coordenadores e todo o ambiente escolar são essenciais na formação do cidadão, chega o momento em que precisamos ir para o enfrentamento, nos precisamos retornar e a educação é um direito fundamental, em nenhum País os alunos ficaram mais de 200 dias sem ir pra sala de aula, o retorno já passou da hora e ele é necessário, ficar em casa não é o melhor para a criança e adolescente”, defendeu a promotora.
Além de questões técnicas, no encontro foram apresentadas Medidas de biossegurança contra o vírus da covid-19 serão tomadas para volta às aulas e durante o transporte dos alunos, entre elas a disponibilização de álcool em gel, aferição de temperatura corporal, distancia mínima de 1,5m de uma pessoa à outra, distribuição de cartazes informativos e uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI).
Atualmente a rede estadual possui cerca de 200 mil alunos matriculados em todo o Estado, distribuídos em 345 escolas em todos os 79 municípios. Além dos alunos 16 mil docentes e 5 mil técnicos administrativos devem retornar ao ensino presencial.
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