Catolicismo perde espaço e evangélicos crescem entre jovens em MS

Católicos seguem como maioria em Mato Grosso do Sul, mas perderam espaço nos últimos 12 anos. Dados do Censo 2022 divulgados ontem (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o número de pessoas que se declaram católicas caiu de 60,2% em 2010 para 51,6% em 2022. Enquanto isso, religiões evangélicas, de matriz africana e o grupo dos que dizem não seguir nenhuma religião apresentaram crescimento.

O levantamento detalha ainda que os católicos predominam entre os mais velhos — com 65,3% entre pessoas com 80 anos ou mais — e perdem força entre os mais jovens. Apenas 45,2% dos sul-mato-grossenses com idade entre 10 e 14 anos se identificam com a religião católica.

Entre os evangélicos, o movimento é inverso: 37,3% dos jovens de 10 a 14 anos seguem alguma denominação evangélica, enquanto o índice cai para 25,4% entre os idosos. Já o grupo sem religião é mais comum entre pessoas de 20 a 24 anos (14,9%), mas representa só 3,5% entre os mais velhos.

Mais evangélicos, mais diversidade

Em números absolutos, o grupo evangélico saltou de 533 mil em 2010 para 763 mil em 2022, um avanço de 25,4% em pouco mais de uma década. Campo Grande tem 45,5% da população identificada como católica, enquanto em Aquidauana os evangélicos são maioria, com 45,7%.

As religiões de matriz africana, como umbanda e candomblé, também mostraram crescimento expressivo: passaram de 0,13% da população em 2010 para 0,61% em 2022 — um aumento de quase 300%. O município de Antônio João concentra o maior número proporcional de fiéis dessas tradições, com 2,44% da população.

Já os que não seguem nenhuma religião representam 8,96% dos sul-mato-grossenses, com maior concentração em Paranhos, onde 27% da população se declara sem fé.

No comparativo entre cor/raça e religião, o estudo revela que:

Pessoas autodeclaradas pretas estão mais presentes nas religiões de matriz africana.

Brancos se concentram entre os adeptos do espiritismo.

Indígenas são 91,6% do total de praticantes de religiões tradicionais dos povos originários, com destaque para Douradina, onde essas crenças somam 2,8% da população.

No espiritismo, houve leve recuo: passou de 2% em 2010 para 1,68% em 2022. Campo Grande (3%) e Cassilândia (2,7%) são os municípios com maior número proporcional de espíritas.

 

 

fonte: IBGE

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