Passos firmes e seguros direcionam o professor Luiz Maique de Melo Freitas, 30 anos, para a quadra de esportes onde treina os goleiros do time de handebol infanto-juvenil. Há pouco mais de um mês ele fez a cirurgia para reconstrução do LCA (Ligamento Cruzado Anterior), que possibilitou seu retorno à atividade voluntária na EE Professora Doris Mendes Trindade, Bairro Santa Therezinha, em Aquidauana.
Com cuidado e gradualmente, ele volta a acompanhar os meninos, que passaram a alcançar resultados melhores em competições regionais e nacionais, após o treinador iniciar o trabalho específico com os goleiros.
“Fez muita diferença para nós. Com o treinamento que ele nos passa conseguimos melhorar muito no jogo. Com certeza faz a gente querer e se preparar para mais”, disse Adriano dos Santos, 14 anos, que em 2023 participou de competições nacionais e já conseguiu melhorar a presença nos jogos.
Mas para Luiz Maique, a maior diferença registrada neste ano, foi a cirurgia eletiva, possível por meio do MS Saúde. A cirurgia ocorreu no mês de setembro, em Dourados, mais de dois anos após a lesão que o impossibilitou de realizar algumas atividades.
“Eu machuquei treinando jiu-jitsu, no meio de 2021. Parei de fazer exercícios, e de fazer diversas outras coisas. Mas chegou um momento que não tive mais opção, a cirurgia foi a única saída. Estava me atrapalhando em alguns movimentos como flexão e extensão de joelho, sentia dores, ficava a base de remédios que já não faziam efeito e eu não conseguia ficar em pé para treinar os meninos”, disse o professor.
Com a entrada no processo de cirurgia, via Unidade de Saúde de Aquidauana – município que mora –, o professor realizou exames – inclusive ressonância – e passou por avaliação de dois médicos para confirmar a lesão. “Ambos disseram que a cirurgia era mais indicada mesmo. Entrei na espera para fazer o procedimento no início do ano. Já na primeira consulta fiz exames e sai com tudo encaminhado, inclusive com a cirurgia marcada. No dia marcado fui internado, a equipe médica me acompanhou durante todo o tempo e só recebi alta após confirmação de que estava tudo certo”, afirmou Luiz Maique.
E o atendimento do projeto continua, pois o professor realiza sessões de fisioterapia em Aquidauana, para a recuperação total pós-cirurgia. “O pós-operatório continua por uns seis meses após o procedimento. Foi tudo muito bem feito. Agora o retorno total às minhas atividades, depende de mim e da evolução que terei, acredito que ainda demanda um pouco de tempo para voltar 100%”.
Em Miranda, a cirurgia oftalmológica beneficiou diversos pacientes, entre eles o agente comunitário de saúde, Willian da Silva Medeiros, 33 anos e o comerciante Eder Fernando Corrêa, 46 anos, que foram submetidos ao procedimento para retirada de pterígio – membrana formada de vasos sanguíneos e tecido fibroso que cresce nos olhos.
“Depois que fui encaminhado para a cirurgia demorou dois meses. Percebi a necessidade porque estava com dificuldade na visão, dor no olho, incomodava bastante. Mas todo o procedimento aconteceu na minha cidade mesmo, sem precisar de deslocamento, foi bem tranquilo”, disse o agente de saúde.
“Consegui fazer a cirurgia em dez dias, logo após realizar o exame já me chamara. Foi tão rápido que nem eu esperava. Antes enxergava com manchas nos olhos, agora ficou melhor, até esteticamente”, afirmou Corrêa.
O Plano Estadual de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas e ampliação do acesso aos procedimentos cirúrgicos eletivos e exames com finalidade diagnóstica no âmbito do SUS (Sistema Único de Saúde), por meio do projeto “MS Saúde: Mais Saúde, Menos Fila”, foi lançado em maio.
Com investimentos de R$ 45 milhões em recursos estaduais e R$ 7,9 milhões em recursos federais, foram ofertadas cirurgias eletivas nas especialidades de oftalmologia, otorrinolaringologia, cirurgia vascular, cirurgia geral, ortopedia, ginecologia, urologia e cirurgia reparadora.
Já os exames diagnósticos incluem ressonância magnética com contraste, ressonância magnética (sedação), tomografia computadorizada, endoscopia, densitometria, eletrocardiograma, ecocardiograma transtorácico, ultrassonografia, entre outros.
Para o primeiro ano do projeto MS Saúde, 37 estabelecimentos de 32 municípios fizeram a adesão para a realização de cirurgias eletivas. Outros 33 estabelecimentos de saúde de 19 municípios fizeram a adesão para a realização de exames com a finalidade diagnóstica. Com recurso federal, há 22 estabelecimentos de saúde de 20 municípios que estão credenciados para a realização de cirurgia eletiva.
Natalia Yahn, Comunicação Governo de MS
Fotos: Bruno Rezende
gov/ms