O terceiro maior sindicato de ferroviários dos Estados Unidos rejeitou um acordo provisório mediado, em parte, pelo presidente Joe Biden no mês passado, reabrindo a possibilidade de uma greve que poderia paralisar a economia.
Cerca de 56% dos trabalhadores de manutenção de ferrovias representados pelo sindicato Brotherhood of Maintenance of Way Employes votaram contra a proposta de um contrato de cinco anos, embora ela incluísse aumentos de salário de 24% e bônus de US$ 5 mil.
O presidente do sindicato, Tony Cardwell, disse que as operadoras de ferrovias não fizeram o suficiente para abordar as preocupações dos trabalhadores com a falta de folga remunerada – particularmente licenças médicas. Além disso, as condições de trabalho ficaram mais difíceis depois que as principais ferrovias eliminaram quase um terço de seus postos de trabalho nos últimos seis anos, disse.
“Os ferroviários não se sentem valorizados”, disse Cardwell em comunicado. “Eles se ressentem do fato de que a administração não respeita sua qualidade de vida, o que é ilustrado por sua teimosa relutância em oferecer uma quantidade maior de folgas remuneradas, especialmente por doença.” As operadoras de ferrovias não comentaram imediatamente a decisão do sindicato de rejeitar o acordo.
Outros quatro sindicatos aprovaram seus respectivos acordos com as operadoras, que incluem a BNSF, Union Pacific, Kansas City Southern, CSX e Norfolk Southern. No entanto, os 12 sindicatos que representam um total de 115 mil trabalhadores precisam ratificar seus contratos para evitar uma greve. Um outro sindicato, a International Association of Machinists and Aerospace Workers, rejeitou inicialmente seu acordo, mas depois renegociou um novo contrato. As votações dos sindicatos só serão concluídas em meados de novembro.