O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, apresentou nesta semana, no Rio de Janeiro, as perspectivas econômicas e sociais do Estado durante palestra promovida pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI). O evento reuniu representantes da sociedade civil e do setor empresarial.
Industrialização e Sustentabilidade em Foco
Riedel ressaltou o crescimento da industrialização no Estado, destacando a transição de uma economia predominantemente agrícola para o modelo agroindustrial nas últimas décadas. Ele enfatizou que a gestão estadual prioriza temas como segurança alimentar, transição energética, inclusão social e sustentabilidade.
Segundo o governador, esse cenário contribuiu para a atração de investimentos privados significativos, gerando empregos e renda e agregando valor à produção do Estado. Riedel também afirmou que Mato Grosso do Sul busca neutralizar as emissões de carbono até 2030, com políticas voltadas para o uso sustentável do solo e recuperação de pastagens degradadas.
Novas Culturas e Investimentos Privados
Durante a apresentação, foram destacados avanços em novas culturas agrícolas, como o aumento da produção de amendoim e laranja, impulsionado pela entrada de grandes grupos do setor devido a questões fitossanitárias em outros Estados. Atualmente, Mato Grosso do Sul já registra cerca de 40 mil hectares de produção dessas culturas.
O governador citou ainda o fortalecimento do setor de celulose, com a operação da fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo e a implantação de novas unidades em Bataguassu e Inocência. Para apoiar esse crescimento, foi realizada a concessão de 870 km de rodovias na chamada “Rota da Celulose”, com o objetivo de melhorar a logística regional.
Logística e Legislação Ambiental
Riedel mencionou a implantação da rota bioceânica, que vai conectar o Estado aos portos chilenos e ao Oceano Pacífico, encurtando em até 14 dias o tempo de transporte para mercados asiáticos. A conclusão das obras está prevista para 2026, com operação esperada para 2027.
Na área ambiental, o governador destacou a criação da Lei do Pantanal, elaborada em consenso entre ambientalistas e produtores. A legislação prevê punições para descumprimento das regras, bem como incentivos e remuneração para quem adotar práticas de preservação.
Evento Reúne Setores Público e Privado
A palestra ocorreu na nova sede do CEBRI, em parceria com o Instituto de Estudos de Política Econômica/Casa das Garças, com o objetivo de apresentar o cenário atual do Estado para diferentes segmentos.