Governo federal busca R$ 20,9 bilhões em reservas do Funrural

O governo federal  está focado em uma polêmica pauta: o Funrural.A estratégia visa arrecadar uma significativa quantia de R$ 20,9 bilhões para garantir o cumprimento das metas da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024.

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, lidera essa iniciativa, buscando o apoio de diferentes setores do governo para indicar processos pendentes no Supremo Tribunal Federal (STF) que possam impulsionar a arrecadação. No entanto, a estratégia levanta questões sobre a independência entre os poderes e a possível interferência do Executivo no Judiciário.

Uma das principais pautas em foco envolve a cobrança do Funrural, uma contribuição previdenciária que incide sobre a receita bruta da comercialização de produtos agropecuários. A previsão é que essa ação resulte em um impacto considerável de R$ 20,9 bilhões nos cofres públicos, de acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024.

Especificamente, a ação contesta a constitucionalidade da chamada sub-rogação do Funrural, que se refere à retenção do tributo na venda de produtos agropecuários por produtores rurais a pessoas jurídicas. A Advocacia-Geral da União (AGU) questionou o resultado da votação, e a proclamação final ainda permanece pendente.

Essa controvérsia em torno das contribuições previdenciárias, com foco especial no Funrural, tem atraído grande atenção, especialmente após o Ministro da Fazenda, Haddad, se envolver pessoalmente no processo. A visita ao Supremo Tribunal Federal, na busca por uma rápida decisão favorável, gerou discussões sobre a independência dos poderes e levantou questões sobre a integridade do Judiciário.

Em relação à Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4.395, iniciada pela Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO) em 2010, o julgamento virtual em 2022, com o voto favorável do Ministro Dias Toffoli, beneficiou parcialmente tanto o fisco quanto os contribuintes. Agora, resta aguardar a proclamação oficial do resultado, marcada para uma sessão presencial no próximo dia 9 de novembro.

Essas manobras do governo federal em busca de recursos adicionais geram incertezas sobre as implicações econômicas e políticas.

 

 

ae

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *