O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou novo Bolsa Família e afirmou que conta com as medidas que seu governo está adotando neste início de ano, como aumento real do salário mínimo, para reverter a desaceleração do crescimento da economia brasileira registrada no último trimestre do ano passado.
O PIB cresceu 2,9% em 2022, mas recuou 0,2% no período outubro a dezembro passado.
Ou seja, a economia estava crescendo no último ano do mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas reduziu o ritmo do crescimento no final de 2022 por conta do aumento da taxa de juros para segurar a inflação.
Na avaliação da equipe de Lula, o presidente herdou uma pisada no freio da economia promovida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
Agora, Lula terá de reverter essa desaceleração para evitar um crescimento fraco neste ano e uma parada na reação do mercado de trabalho.
Conforme o site, a equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, conta com as medidas que estão sendo adotadas e que devem estimular o consumo no país ainda neste primeiro semestre.
Entre elas, estão o aumento real do salário mínimo, que vai passar para R$ 1.320,00 a partir de maio, a isenção no pagamento de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 2.640,00, além dos novos pagamentos do Bolsa Família.
Essas medidas tendem a gerar renda para a população de mais pobre no país e garantir um aquecimento no consumo.
Além dessas iniciativas, o governo deve lançar na próxima semana o Desenrola Brasil, programa de refinanciamento de dívidas.
Com isso, o governo espera que um contingente de até 40 milhões de pessoas possam voltar a tomar crédito no país, saindo da posição atual de negativados no Serasa, ou seja, sem condições de tomar empréstimos no sistema financeiro.
A equipe de Haddad aposta ainda numa queda da taxa de juros ainda neste primeiro semestre pelo Banco Central, mas gerar um clima de otimismo no Brasil.
Lula tem pressionado o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a cortar os juros. O próprio Haddad tem dito que as últimas medidas adotadas na área fiscal permitem que o BC comece a reduzir a taxa Selic, hoje em 13,75% ao ano.
Roberto Campos Neto tem dito que o BC não gosta de subir taxa de juros, mas que não pode fazer uma redução de forma artificial.
E que o governo precisa conquistar credibilidade junto a investidores, para que as taxas de juros no mercado futuro comecem a declinar. Isso seria o caminho para a queda dos juros.
g1