MDB pode sofrer com abandono do Governo com efeito Simone

O MDB, que já foi o maior partido de Mato Grosso do Sul e extremamente cobiçado nas eleições passadas, não está na lista de preferência na estratégia adotada por Reinaldo Azambuja (PSDB) e Eduardo Riedel (PSDB) para a eleição do próximo ano. Mais que isso, pode ter problemas com uma possível candidatura de Simone Tebet (MDB) ao Senado.

O MDB quase chegou ao segundo turno na última eleição para o governo, em 2022, com André Puccinelli. Entretanto, com risco de perder o partido, o ex-governador acabou acertando os ponteiros com Simone e o grupo tucano, logo após a eleição. Este entendimento passou pela promessa de que Puccinelli não enfrentaria Riedel na tentativa de reeleição e apoiaria a candidatura de Reinaldo ao Senado.

Com a promessa, Riedel e Reinaldo não enxergam mais o MDB como preocupação e, mais que isso, podem abandonar o partido para a eleição do próximo ano. O grupo já definiu que apenas três partidos receberão candidatos do grupo para a próxima eleição.

Esta lista inclui PL, PP e outro a ser escolhido.
Por enquanto, o MDB não está na lista de preferência e deve entrar apenas se fizer uma federação com Republicanos. Se essa articulação não se concretizar, o partido pode ficar fora da coligação de Riedel e sem apoio financeiro para as chapas de deputado.

Sem apresentar ameaça a Riedel, o partido pode sofrer ainda mais caso Simone Tebet seja a escolhida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o Senado. Isso porque o grupo tucano não quer proximidade com a senadora, por conta da relação dela com o governo Lula, onde é ministra.

Uma possível candidatura de Simone ajudará o grupo tucano a justificar o abandono ao MDB no Estado. Caso isso aconteça, é grande a possibilidade de o trio de deputados deixar a sigla. Márcio Fernandes (MDB) deve acompanhar Riedel e Reinaldo nos novos partidos. Junior Mochi (MDB) e Renato Câmara (MDB) podem ficar, mas tudo dependerá das articulações e, principalmente, apoio de Riedel e Reinaldo para a campanha.

Puccinelli tentou convencer deputados de que é possível eleger ele e mais os três, mas o grupo não está confiante nesta conta. Márcio Fernandes foi o primeiro a desconfiar e sinalizou que sairá na janela partidária. Já Mochi e Câmara vão avaliar a coligação e condições oferecidas pelo partido. Neste caso, a aliança com Riedel e Reinaldo será decisiva para o futuro do partido.

 

 

 

 

ims

 

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