Neste último 25 de maio, data em que se celebra o Dia da Indústria, o setor em Mato Grosso do Sul comemora crescimento de 0,90 ponto percentual na participação do PIB da Indústria nacional em uma década, o 5º maior do período, além da disparada no segmento da Indústria de Transformação, impulsionada pela celulose. Foi o maior crescimento da Região Centro-Oeste, no período.
De acordo com relatório divulgado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), com base em dados do Sistema de Contas Regionais do IBGE, a participação do setor industrial sul-mato-grossense na composição do Produto Interno Bruto nacional desse segmento subiu de 0,71% no biênio 2007/2008, para 1,61% no biênio 2017/2018. Esse desempenho fez com que o Estado saltasse cinco colocações no ranking nacional do PIB da Indústria, saindo da 19ª para a 14ª posição.
O relatório Desempenho Industrial, da Fiems, aponta que, entre os anos de 2009 a 2018, o PIB da indústria sul-mato-grossense cresceu 13,2% ao ano, saindo de R$ 6,2 bilhões (2009) para R$ 21,4 bilhões (2018). O valor estimado para 2021 é de R$ 26,3 bilhões, sendo que a indústria representa 22% desse total.
“Mato Grosso do Sul comemora a expansão de um setor que atualmente emprega 123 mil pessoas. E esses dados da CNI, divulgados na véspera do Dia da Indústria, já revelam o resultado da política estratégica do Governo para o segmenti. Na Semagro, temos adotado uma série de mecanismos, como a melhoria do ambiente de negócios, desburocratização e uma política de incentivos fiscais agressiva e muito segura para atrair investimentos. Temos hoje mais de 50 projetos de instalação ou ampliação de indústrias sendo analisados no Governo”, afirma o secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).
Mato Grosso do Sul também ficou em quinto lugar entre as unidades da federação que mais cresceram em participação na Indústria de Transformação. “O Estado se tornou um dos mais importantes para a produção do setor de Celulose e papel na última década. No biênio 2007/08, ele respondia por apenas 0,23% da produção brasileira do setor, percentual que subiu para 11,09% no biênio 2017/18”, diz o documento da CNI.
Conforme levantamento da Semagro, das 6.870 empresas do ramo industrial existentes em Mato Grosso do Sul (dados da Receita Federal em novembro de 2020), 6.667 seriam Indústrias de Transformação e 203 Indústrias Extrativas. Essas estatísticas não englobam os Microempreendedores Individuais (MEI).
O crescimento de Mato Grosso do Sul no setor de celulose e papel atingiu a participação do estado de São Paulo na produção nacional desse segmento, que caiu de 50,31%, no biênio 2007-08, para 32,01%, em 2017/18. Ainda assim, o estado vizinho continua sendo o maior produtor, seguido por Paraná, que responde por 14,03% da produção nacional.
”A perda relativa de São Paulo se deve sobretudo ao crescimento de Mato Grosso do Sul, que saiu do 14º lugar no ranking dos maiores produtores de Celulose e papel, com 0,23% da produção nacional, para a 3ª posição, com 11,09% da produção nacional”, aponta o relatório da CNI.
A expansão do setor florestal em Mato Grosso do Sul foi destacada pelo titular da Semagro, que lembrou do investimento de R$ 14,7 bilhões na construção de mais uma indústria de celulose da Suzano, no município de Ribas do Rio Pardo. Intitulado Projeto Cerrado, a fábrica terá capacidade para produzir 2,3 milhões de toneladas de celulose de eucalipto por ano.
O empreendimento deve gerar 10 mil empregos na fase de obras entre 2021 e 2024 e gerar outras 3 mil contratações no início da operação.
“Mato Grosso do Sul é hoje o segundo Estado no Brasil na produção de eucaliptos, com mais de 1,7 milhão de hectares plantados e caminha para ser o maior produtor de celulose do país”, finaliza o secretário Jaime Verruck.
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