Com o objetivo de aperfeiçoar a capacidade de vigilância e resposta a ataques externos, bem como evitar fugas, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), por meio de sua Escola Penitenciária, realizou exercício simulado de “Plano de Defesa para implantação de nova doutrina de atuação na segurança de muralhas da PED (Penitenciária Estadual de Dourados).
A capacitação em “Técnicas especializadas de tiro, defesa de perímetro e combate na torre” foi realizada esta semana, nas noites de quinta e sexta-feira, com dois grupos diferentes de servidores, foi ministrada por instrutores do Sistema Penitenciário Federal, com foco em dificultar o acesso intramuros, melhor aproveitar a infraestrutura da penitenciária como um todo e proporcionar a absorção de tecnologias relevantes.
“É um treinamento especializado denominado defesa na torre, onde, a partir de um ambiente confinado, de uma estrutura de torre, o operador efetua disparos de maneira segura de forma a repelir uma injusta agressão contra adversário em plano inferior. É uma tática especializada voltada para defesa do perímetro de unidades prisionais e que traz grande segurança para estes espaços”, destacou o chefe do GAEP (Grupo de Ações Especiais Penais) da Penitenciária Federal de Campo Grande, Gerson Gameiro, que coordenou os trabalhos.
Durante as instruções, policiais penais da unidade penal e integrantes do Comando de Operações Penitenciárias e Grupamento de Escolta Penitenciária do município utilizaram armamento carabinas calibre 5.56, sons específicos, com munição traçante para disparos em alvos pré-determinados localizados em área segura. Guardas municipais de Dourados também participaram da capacitação.
De acordo com o diretor da PED, Rangel Schveiger, o treinamento integra o planejamento estratégico de segurança, em razão da modernização da zona de segurança perimetral do presídio, que está envolvendo também melhorias estruturais, como a pintura das torres de vigilância de preto, para dificultar quem está na parte externa visualizar os policiais penais, e de branco as partes internas da muralha para facilitar o campo de visão para evitar fugas. Também está sendo aperfeiçoado o sistema de iluminação.
“E com o treinamento-piloto, haverá condições de avaliar os riscos reais e criar um procedimento operacional padrão, com a devida avaliação simulada, elevando a eficiência do serviço prestado pela Polícia Penal à sociedade”, destacou.
O dirigente reforçou que o plano de defesa se baseia também em procedimentos realizados pelo BOPE na doutrina de combate ao “Domínio de Cidades” ou “Novo Cangaço”, com envolvimento de outras forças de segurança.
Conforme Rangel, a intenção é que o plano de defesa desenvolvido na PED sirva como piloto de “Combate em Torre”, com o objetivo fomentar a Doutrina dentro da Disciplina de Segurança Orgânica, para melhor atuação no âmbito das Penitenciárias do MS, por meio de capacitações posteriores realizadas pela Escola Penitenciária.
Keila Oliveira, Comunicação Agepen
Fotos: Tatyane Santinoni/Agepen
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