O presidente do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul), Jerson Domingos, comunicou na tarde desta segunda-feira (12) que suspendeu o pagamento e os serviços da empresa Dataeasy Consultoria e Informática Ltda., investigada pela Polícia Federal por envolvimento em escândalo de corrupção.
A empresa é alvo da operação Terceirização de Ouro, deflagrada na quinta-feira (dia 8) pela Polícia Federal. De R$ 21,5 milhões, conforme contrato assinado em 2018, a Dataeasy Consultoria já recebeu R$ 102.153.449,61 entre dezembro de 2018 e março deste ano, pelo fornecimento de mão de obra e dois softwares, sendo que um deles nem sequer foi implementado na corte. O contrato tinha vigência até 24/01/2023.
Entre as irregularidades identificadas no andamento da licitação, PF e Receita Federal relataram que houve celeridade incomum para a abertura do procedimento, bem como na aceitação dos termos, além de que, após a abertura, “a empresa Dataeasy apresentou sua proposta em tempo muito exíguo, em aproximadamente três horas após o envio do e-mail pelo TCE-MS, o que parece algo razoavelmente inviável”.
Na ação, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) afastou três dos sete conselheiros do tribunal: Iran Coelho das Neves (presidente), Waldir Neves e Ronaldo Chadid. Os três deverão utilizar tornozeleira eletrônica.
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