Cerca de 300 mil estudantes da rede estadual e municipal de Campo Grande voltam as aulas 100% presenciais nesta quinta-feira (3). Mesmo com o impasse envolvendo o reajuste dos professores da Reme (Rede Municipal de Ensino), o ano letivo começa sem indicativo de greve.
Os educadores da Reme seguem em um impasse com o Município em busca do reajuste salarial. Ainda conforme o presidente do sindicato, a categoria vai buscar uma contraproposta da Prefeitura no final da tarde desta quarta-feira (2) e uma assembleia para debater o assunto vai acontecer na próxima sexta-feira (4).
Conforme a Semed (Secretaria Municipal de Educação), são 102 mil alunos matriculados nas instituições de ensino públicas da Capital. Mesmo com o começo das aulas, os professores da Reme e a Prefeitura ainda seguem tentando entrar em uma negociação referente ao reajuste salarial da categoria. Após várias tentativas e até manifestações, mais uma vez o município encaminha uma contraproposta aos educadores nesta tarde.
ACP tenta acordo com o Prefeito
De acordo com a ACP, na última proposta enviada ao Prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), os professores estavam reivindicando a correção 5% em março, 20,78% em maio e 5,06% em outubro de 2022. Além disso, os educadores também querem que o Executivo Municipal apresente um cronograma para o cumprimento integral da Lei Nº 5.411/14 até maio de 2024 perfazendo o percentual de 36,29%.
Apesar da Assembleia acontecer após o primeiro dia do ano letivo, a princípio, não existe a possibilidade de 2022 começar com greve, ainda segundo com o presidente da ACP.
Rede Estadual de Ensino já entrou em acordo com Governador
A REE (Rede Estadual de Ensino) recebe aproximadamente 200 mil estudantes nesta quinta-feira. Após o Governo Federal anunciar reajuste de 33,24% no piso salarial dos professores convocados, os professores de Mato Grosso do Sul terão reajuste inicial de 20% a partir de março.
Em reunião na noite do último dia 23 de Fevereiro, o Governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Jaime Teixeira, assinaram termo de compromisso para garantir o reajuste dos professores. Foi definido que os 20% serão pagos na folha de março.
Enquanto a partir de abril, sobe mais 14%, chegando os 34%. Até outubro, o Governo se comprometeu a cumprir a lei do piso dobrado e pagar reajuste de 90%. O impacto para os convocados na folha do Estado será de R$ 196 milhões para os convocados e para os concursados, R$ 100 milhões.
mdx