Segundo o Impostômetro, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), até esta quarta-feira (16), os brasileiros já pagaram mais impostos em 2022 do que em 2021, quando a marca foi atingida, mas apenas no dia 20 de dezembro, então neste ano a população deve se preparar para gastar ainda mais com os tributos.
O montante corresponde ao total de impostos, taxas, multas e contribuições pagos para União, estados e municípios.
Segundo a avaliação do economista da ACSP, Marcel Solimeo, a antecipação do montante está relacionada aos efeitos da inflação, uma vez que os tributos indiretos, tais como ICMS, incidem sobre o preço final. Além disso, esse resultado também se explica por fatores como a recuperação da atividade econômica e bons resultados de grandes empresas. “O maior crescimento da arrecadação ocorreu na esfera do governo federal, que fica com cerca de 66% da tributação total, embora redistribua parcela dessa receita para estados e municípios”, explicou Solimeo.
“Além da carga tributária da ordem de 40% do Produto Interno Bruto (PIB), muito elevada para um país emergente como o nosso, onde os contribuintes têm ainda um alto custo para pagar os tributos, além de se sujeitar a multas, devido à complexidade da tributação”.
Ainda segundo Solimeo, os dados mostram um crescimento da ordem de 11% na arrecadação total. Ele avalia, ainda, que a arrecadação seria maior se não tivesse ocorrido, nos últimos meses, a redução das alíquotas dos tributos sobre energia, telecomunicações e combustíveis, que têm peso relevante na receita dos estados.
O total de impostos pagos pelos brasileiros também pode ser acompanhado pela internet, na página do Impostômetro da ACSP.
acsp