Em uma das partidas mais emocionantes de Copa do Mundo – se não for a maior – não faltaram personagens decisivos para destacar. O que dizer do goleiro Emiliano Martinez, que fechou o gol nos momentos finais da prorrogação e nos pênaltis, ou de Kylian Mbappé, autor de um hat-trick na final. Menções honrosas, atuações fantásticas, mas se o dia 18 de dezembro de 2022 pertence a um jogador, este alguém se chama Lionel Messi.
Contextualizar a relação do craque argentino com o seu país é algo necessário para entender a grandeza desta conquista. As sombras de Maradona e vivendo no período de seca de títulos na seleção principal – protagonizando derrotas em momentos decisivos – Messi já chegou a ser questionado pelos maiores absurdos por não conseguir transferir a carreira vencedora nos clubes para os momentos em que vestia a camisa Alviceleste, sendo acusado até de não cantar o hino.
Antes da Copa América de 2021, a Argentina estava perto de chegar a três décadas sem um título de sua equipe principal e via a carreira de seu melhor jogador chegando em seus momentos finais. Mas Lionel Messi ajudou a despachar a fila de 28 anos sem conquista, vencendo o Brasil e, de quebra, dentro da casa do maior rival. Poderia ser o roteiro de um final feliz, mas a história sabia que ainda lhe faltava mais uma jornada.
Aos 35 anos e em sua quinta tentativa, era o momento, o último ‘tango’, para quebrar mais uma fila. Com sete gols e três assistências em sete jogos, fazendo dois gols na final, Messi finalmente espantou qualquer resquício de desconfiança que ainda restava sobre sua trajetória na Seleção Argentina.
Conquistas Nacionais, Liga dos Campeões, Mundial de Clubes, Ouro Olímpico, Copa América, mais de mil jogos, 793 gols na carreira, sete bolas de ouro – de olho na oitava – e agora a Copa do Mundo. Para Messi não lhe falta mais nada. Neste momento, o melhor jogador do século igualou ‘Dios’.
fonte: fifa