O Copom (Comitê de Política Monetária) prevê uma inflação menor que a expectativa do mercado financeiro para 2022 e os próximos dois anos. “As projeções de inflação do Copom situam-se em 6,8% para 2022, 4,6% para 2023 e 2,7% para 2024.”. A informação foi divulgada nesta terça-feira (09) na a ata da 248ª reunião do Copom, quando foi decidido elevar a taxa básica de juros para 13,75% ao ano.
No Boletim Focus desta semana, que consulta as projeções do mercado financeiro para indicadores econômicos, as instituições esperam uma inflação de 7,11% para 2022, 5,36% para 2023, e 3,3% para 2024.
O Comitê sinalizou ainda que irá avaliar a necessidade de um ajuste residual, menor que o mais recente, de 0,5%, na próxima reunião, que ocorrerá em setembro. Segundo o Comitê, “o objetivo é trazer a inflação para o redor da meta no horizonte relevante.”.
Auxílios pressionam inflação
Na avaliação do Copom, as políticas de auxílio de complementação a renda aprovadas recentemente “pode elevar os prêmios de risco do país e as expectativas de inflação à medida que pressionam a demanda agregada e pioram a trajetória fiscal.”
O documento destaca ainda que a redução de impostos sobre os preços da energia já começa a ser observada nos indicadores, “mas os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária, que apresentam maior inércia inflacionária, mantêm-se acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação.”
ag.brasil