A Espanha está fora da Copa do Mundo do Qatar. A campeã do mundo em 2010, considerada uma das favoritas ao título, perdeu para Marrocos no estádio Cidade da Educação, parando na mesma fase da Copa de 2018, na Rússia.
Com o triunfo por 3 a 0 na disputa de pênaltis, depois de 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação, Marrocos fez história, já que o melhor resultado da seleção no norte da África em um Mundial havia sido no do México, em 1986, as oitavas de final, quando perdeu da Alemanha.
Agora, em sua quinta participação em Copas, já está nas quartas de final. O adversário dos marroquinos no sábado (10) por uma vaga nas semifinais sairá do confronto entre Portugal e Suíça.
A classificação marroquina serviu para impedir que a Copa qatariana prosseguisse somente com seleções da Europa e da América do Sul. Os demais representantes de outros continentes que tinham passado para o primeiro mata-mata (EUA, Austrália, Japão, Coreia do Sul e Senegal) sucumbiram ante os favoritos.
O primeiro tempo do jogo desta terça-feira (6) em Al Rayyan foi quase modorrento. Mesmo com 70% da posse da bola, a Espanha não criou quase nada. O time treinado por Luis Enrique deu nessa etapa um único chute à meta defendida por Bounou -Asensio, para fora.
Marrocos, em três tentativas nos primeiros 45 minutos (mais um de acréscimo), ao menos acertou uma vez o gol de Unai Simón: o lateral esquerdo Mazraoui arriscou de fora da área e o camisa 23 defendeu.
Na segunda etapa, pouco mudou. A Espanha tinha a bola quase todo o tempo, porém não sabia como ultrapassar a marcação marroquina, que colocava com os dez jogadores de linha no campo de defesa.
Marrocos, por seu lado, parecia sentir a parte física e não tinha força para contra-atacar. O treinador Walid Regragui usou as cinco substituições a que tinha direito para tentar revigorar a equipe, sem muito êxito.
Já nos acréscimos, aos quase 50min, os espanhóis quase marcaram em uma bola parada, com Olmo, mas Bounou salvou. Prorrogação. Na qual o cenário de quase toda a partida, especialmente no segundo tempo, repetia-se, ataque (da Espanha) contra defesa (do Marrocos).
Luis Enrique mudou a Espanha, formando o ataque com Morata, Nico Williams (que já tinham entrado durante o segundo tempo) e Ansu Fati. Sem efeito.
No segundo tempo da prorrogação ainda entrou na Espanha Sarabia, que no último lance acertou, de raspão, a trave. Foi a melhor oportunidade do jogo.
Nada de gols. Decisão por pênaltis. Então, como havia ocorrido na segunda (5), quando a Croácia eliminou o Japão, um goleiro brilhou nas penalidades máximas.
Bounou, que atua no futebol espanhol (Sevilla), defendeu os chutes de Soler e Busquets -Sarabioa acertou a trave.
O resultado da partida estica a ótima campanha da seleção do norte da África nesta Copa. Marrocos permanece invicto depois de, na fase de grupos, empatar com a Croácia e derrotar a favorita Bélgica e o Canadá.
PENALIDADES
Marrocos – Espanha
Sabiri (O) – (X) Pablo Sarabia
Zyiech (O) – (X) Carlos Soler
Benoun (x) – (X) Busquets
Hakimi (O)
folhapress