PF prende marido da cantora Perlla em operação contra pirâmide que movimentou R$ 4 bilhões

O empresário e cantor Patrick Abrahão, casado com a cantora Perlla, é um dos presos da operação ‘La Casa de Papel’, deflagrada na manhã desta quarta-feira (19), contra a organização criminosa que Patrick fazia parte. A organização atuou em mais de 80 países.

Patrick foi preso em casa, em um condomínio de luxo, no Rio de Janeiro. Informações passadas pela 93 FM, o empresário é investigado por crimes contra o sistema financeiro nacional, evasão de divisas, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, usurpação de bens públicos, crime ambiental e estelionato.

De acordo com as investigações, a rede de Patrick lesou pelo menos 1,3 milhão de pessoas em 80 países e gerou um prejuízo de R$ 4,1 bilhões. Segundo a Polícia Federal, foram cinco alvos presos dos seis mandados autorizados pela Justiça.

As investigações começaram em 2021, na cidade de Dourados. Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara de Justiça Federal de Campo Grande. Foram expedidos seis mandados de prisão preventiva contra os líderes da organização criminosa, além de 41 mandados de busca e apreensão, no Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Goiás, Maranhão e Santa Catarina.

Também foram cumpridos mandados de bloqueio no valor de R$ 20 milhões de dólares e sequestros de dinheiro em contas bancárias, imóveis de altíssimo padrão, gado, veículos, ouro, joias, artigos de luxo, mina de esmeraldas, lanchas e criptoativos em posse das pessoas físicas e jurídicas investigadas.

organização
(Divulgação PF)

As investigações

A investigação começou em Dourados, em agosto de 2021, com o flagrante de dois dos investigados, no momento em que iam para a fronteira com o Paraguai, com escolta armada. Na abordagem, foram encontradas esmeraldas avaliadas em U$S 100 mil dólares, ocultas e sem origem legal.

Ainda foi apurada a existência do esquema de pirâmide financeira que captou recursos de mais de 1,3 milhão de pessoas, em mais de 80 países. O prejuízo aos investidores foi estimado em R$ 4,1 bilhões, e teriam iniciado em 2019.

A organização usava massivamente as redes sociais, marketing, reuniões por diversos estados e países, centenas de “team leaders” arregimentados, além da estrutura e do apoio de entidade religiosa pertencente a um deles, atuavam para captar recursos e, assim, gerir uma empresa que oferecia pacotes de investimentos/aportes financeiros desde U$S 15 dólares a U$S 100 mil dólares, com promessa de ganhos diários em percentuais altíssimos.

A organização se dizia situada na Estônia, mas o grupo de fato não existia. Os investigados não tinham autorização para a captação e gestão dos recursos levantados no Brasil, na Estônia, ou em qualquer outro país, tendo ainda diversos alertas de órgãos financeiros em vários países, como Espanha, Panamá, dentre outros, no sentido da ausência de autorização e de que se tratava de esquema de pirâmide financeira.

 

 

fonte: PF

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