A paciência do presidente do clube, o catariano Nasser Al-Khelaifi,com o brasileiro chegou ao fim com o novo fracasso na Champions League de 2021/2022. As farras de Neymar incomodavam a diretoria, os companheiros de time, os treinadores, expunham a marca PSG ao ridículo.
A imprensa francesa não suportava o camisa 10, a maior contratação da história do futebol mundial, não se cuidando. Sendo flagrado em noitadas, festas. O exemplo era péssimo. Assim como o desgaste físico do jogador que já chegou aos 30 anos, sendo cinco fazendo o que quisesse.
O ex-diretor esportivo, o ex-jogador da Seleção, Leonardo, perdeu o seu emprego por dar acolhida a Neymar. Thomaz Tuchel e Mauricio Pochettino também não tiveram firmeza para se impor. Os ‘ultras’, que formam a parte mais radical da torcida do PSG, odiavam o brasileiro. O xingaram em várias partidas, ordenando que fosse embora.
Só que o talento acima do normal de Neymar fez com que o clube, além de tolerar os abusos do jogador, também garantiu a prorrogação de contrato até 2027 do jogador.
O pai de Neymar conseguiu um acordo fabuloso. Salário anual de 43 milhões de euros brutos (R$ 230 milhões). Ou seja, 215 milhões de euros, cerca de R$ 1,1 bilhão, até os próximos cinco anos.
A cláusula da prorrogação foi acertada em 2021, quando Neymar teve excelente participação na Champions, sendo o líder técnico do inédito vice-campeonato. Estava em alta. A ponto da prorrogação só depeder dele.
O pai e empresário do jogador decidiu que seu filho exerceria a cláusula. E garantiria a incrível quantia de R$ 1,1 bilhão em cinco anos.
Está tudo legalizado. Só que o presidente do PSG decidiu trocar todo o comando do futebol. E mudar a prioridade.
Cansou do descaso e das chacotas por conta do comportamento do brasileiro fora de campo. Até mesmo a contratação de Messi era uma maneira de agradá-lo. Mesmo assim não havia a retribuição.
A estrela passou a ser chamar Mbappé. Leonardo e Pochettino foram mandados embora.
Christophe Galtier é o novo treinador. E, indicado por Mbappé, o português Luiz Campos assumiu a direção de futebol.
O técnico, o executivo e o presidente se uniram para enfrentar Neymar.
Impuseram o que os grandes clubes da Europa já fazem há décadas. Uma cartilha rígida de comportamento. Dentro e fora de campo.
Como a que Neymar seguia rigidamente no Barcelona.
Neymar jurava que ‘ninguém’ tem a ver com o que faz nas folgas. Descobriu que não é bem assim
E que proíbe jogadores durante a temporara irem para baladas, farras, lembrar que estão representando o clube, enquanto durarem seus contratos.
A confirmação do livro de comportamento foi feita pelo jornal L’Equipe, mas era prevista desde que Luis Campos chegou.
A situação no clube era bizarra. Cheia de ‘panelas’ , ou seja, o elenco era dividido. Não havia união. Simplesmente três grupos tinham seus oito líderes. Messi e Neymar, o grupo de Mbappé e Achraf, o grupo de Ramos e Keylor Navas.
Galtier percebeu o estado de coisas e tratou de ‘enquadrar’ o elenco. Todos tiveram de participar de treinamentos misturados. Ficou proibido o uso de celulares nos almoços, jantares e cafés da manhã. Para que os atletas conversem. Os companheiros de mesa não podem ser os mesmos.
Não serão tolerados atrasos, faltas injustificadas.
Dentro de campo, expulsões forçadas, discussões com árbitros, brigas com adversários não serão toleradas.
Campos tem a permissão da cúpula do PSG de multar, suspender e até afastar os problemáticos jogaores do elenco.
O jornal L’Equipe garante que o clima no time mudou radicalmente.
Neymar é o mais mudado.
Focado, jogando mais sério, para o time.
E treinando muito, até porque em novembro começará a Copa do Mundo.
O time venceu seus três amistosos no Japão. E ganhou a Supercopa da França, ao golear o Nantes por 4 a 0, dois gols de Neymar.
O brasileiro tem um bilhão de motivos para se enquadrar até 2027.
Se o livre arbítrio não foi suficiente para que entendesse a sua responsabilidade, sua importância no projeto feito pelo PSG na tentativa de vencer a Champions League, e deixar de ser tratado apenas como o ‘novo rico’ do futebol mundial, uma cartilha de bom comportamento fez o camisa 10 do time de Tite mudar sua vida.
E, finalmente, entender.
Seu comportamento fora de campo é sim da conta de outras pessoas.
Principalmente daquelas que o pagam.
Baladas públicas, farras que varam a manhã do dia seguinte, acabaram.
Ele que respeite o clube que jogue.
Ou então, procure outro, que o pague tão bem quanto.
Só que Neymar não vai achar.
Por isso está devidamente ‘enquadrado’.
Encontrou um trio que o enfrente.
O faça entender sua responsabilidade como jogador, nas folgas.
Ao contrário do que acontece na permissiva Seleção Brasileira….
le press