Havendo condições climáticas favoráveis, a safra de trigo de Santa Catarina deve ser 79% maior do que o último ciclo, colhendo mais de 307 mil toneladas, de acordo com o novo boletim da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural do estado (Epagri). A área destinada ao cultivo de trigo deverá crescer 60%, passando de 58,4 para 93,2 mil hectares.
No mês de julho, as cotações de balcão (valor pago ao produtor) para o trigo no mercado catarinense tiveram variação negativa de 1,8% em relação ao mês de junho, fechando o preço médio mensal em R$ 80,91/saca de 60kg. “A variação anual de preços nesse período, em termos nominais, para o mercado catarinense, foi 43,58% superior ao preço médio praticado em julho de 2020”, indica.
“As possíveis altas nas cotações do trigo podem ser atribuídas fundamentalmente a elevação nas cotações do milho, que acaba puxando os preços do trigo para cima. A quebra da safra e safrinha da região Sul do país, aliado ao aumento nas exportações de carnes, tem pressionado para cima os preços do trigo. Ou seja, a falta de milho está levando a um aumento da demanda por trigo para cobrir as necessidades de proteína vegetal das fábricas de ração animal”, conclui.
epagri