Com a reforma tributária como prioridade do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as negociações já começaram pensando em ter apoio suficiente para sua aprovação quando a proposta for a votação no Congresso.
Coordenador da bancada federal de Mato Grosso do Sul, o deputado federal Vander Loubet (PT) diz que vem tentando atender às demandas de todos os parlamentares, inclusive dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Eu venho conversando como coordenador da bancada no sentido de abrir o canal para pautas para agenda que interessa para eles [bolsonaristas] eu tenho tido uma boa relação com os três deputados”, explicou Vander.
O diálogo com o deputado Marcos Pollon (PL) é o que está mais adiantado, segundo o petista. O parlamentar tem apresentado demandas da “bancada da bala”, grupo ligado às forças de segurança, indústria de armas e ao armamentismo.
O principal assunto é relativo ao decreto de armas assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que suspendeu o registro de arma de fogo de uso restrito para CACs (caçadores, atiradores e colecionadores) e para particulares.
Além disso, limitou a quantidade de armas e munições de uso permitido. O decreto também suspende a concessão de novos certificados de registrados a CACs e registros de clubes de tiro.
Os bolsonaristas buscam flexibilizar essas regras. “Falei para ele [Pollon] que isso é uma questão de governo e fiquei de falar com ele para fazer uma agenda com o Zé Guimarães [José Guimarães (PT-CE)],que é líder do governo para a gente tratar dessa que é uma pauta de governo”, relatou Vander Loubet a O Jacaré.
Vander, porém, busca baixar expectativas, porque a liberação de armas como era na gestão de Jair Bolsonaro não vai se repetir. “Eu acho que dá para buscar o entendimento nisso. Não adianta achar que do jeito que estava vai permanecer. O que der para a gente concordar, e que o governo entenda que dá para ceder, até esse limite acho que é possível”, diz o petista.
O coordenador da bancada federal diz que tem bom relacionamento também com os deputados Luiz Ovando (PP) e Rodolfo Nogueira (PL), e que é necessário manter o diálogo pensando na aprovação da reforma da previdência.
“A reforma tributária vai precisar de quórum qualificado, vai precisar de diálogo com a oposição e o Congresso tem representação de todas as forças. A oposição é importante, ninguém quer matar oposição”, encerra.
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