A Carta de Conjuntura da Agropecuária, elaborada pela Coordenadoria de Economia e Estatística da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), aponta que a soma de todos os produtos agrícolas a serem colhidos em Mato Grosso do Sul nesse ano deve chegar a 70,57 milhões de toneladas, volume 10,51% maior que o registrado no ano passado.
Desenvolvida a partir do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Carta ainda prevê uma ligeira elevação na área plantada, que deve passar de 6,92 milhões para 6,97 milhões de hectares.
O levantamento mostra que o produto com maior impacto no volume neste ano será a cana-de-açúcar, devendo atingir 44,7 milhões de toneladas colhidas, número 9,83% maior que o registrado na safra passada.
Com Mato Grosso do Sul tendo mais que dobrado a área ocupada pela Agropecuária nos últimos 17 anos, o secretário da Semadesc, Jaime Verruck, destaca que a expansão se limitou às áreas degradadas ocupadas pela pecuária.
“Importante frisar que essa pressão da Agricultura não se dá sobre nossas áreas remanescentes de mata nativa, e sim naquelas áreas que eram ocupadas pela produção bovina e precisam ser recuperadas”, explicou.
O aumento ainda reflete na alta do Valor Bruto da Produção agrícola no Estado, que deve fechar 2023 atingindo R$ 57,14 bilhões, uma variação positiva de 15,88% em relação ao total do ano anterior, com a soja e o milho representando 83,33% da arrecadação.
Na pecuária, o setor de Aves é o que mais deve crescer, passando de 150 milhões para 247 milhões de cabeças, variação de 64% com 2022. Apesar disso, o Valor Bruto da Produção pecuária deve ter redução de 7,93% nesse ano, encerrando em R$ 19,97 bilhões.
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