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O head de agronegócio da Serasa Experian, Marcelo Pimenta, destaca que esse aumento já era esperado e atribui esse cenário a diversos fatores, incluindo condições climáticas desfavoráveis e um contexto econômico instável tanto no âmbito nacional quanto global. Ele ressalta que, embora o número absoluto de solicitações possa parecer pequeno em relação ao universo de produtores rurais do país, a crescente velocidade desses pedidos trimestre após trimestre é motivo de preocupação.
As questões climáticas, responsáveis por quedas na safra em diversas regiões, somadas ao cenário econômico desafiador, têm levado os produtores rurais a buscar a recuperação judicial como alternativa para enfrentar suas dificuldades financeiras. O atual panorama de rentabilidade do setor, aliado às taxas de juros ainda elevadas e às perspectivas de preços internacionais baixos para commodities agrícolas, aumenta a urgência de medidas de estímulo para que os agricultores possam regularizar suas obrigações financeiras.
Apesar do aumento nos pedidos de recuperação judicial, Pimenta destaca que a maioria dos produtores rurais tem conseguido superar obstáculos e manter sua produtividade sem comprometer sua reputação de crédito no mercado. O estudo revela que os produtores rurais que mais buscaram a recuperação judicial eram aqueles com maiores áreas de plantio de soja, seguidos por áreas de pastagem e café.
Os estados de Mato Grosso e Goiás lideraram a lista dos que mais solicitaram recuperação judicial para pessoas físicas do agronegócio, seguidos por Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Roraima. A pesquisa da Serasa Experian consultou estatísticas mensais dos processos de recuperação judicial no agronegócio registradas nos Tribunais de Justiça de todos os estados, contemplando produtores rurais de todos os portes atuando como pessoas físicas, que são os únicos elegíveis para requerer a recuperação judicial de acordo com a Lei 14.112.
Fonte:serasa experian