Sindicato rural de São Gabriel e Prefeitura debatem aumento do ITR e ITBI

O prefeito Jeferson Tomazoni, juntamente com o vice-prefeito Valdecir Malacarne e o secretário de Infraestrutura e Trânsito, Eris Barbosa, se reuniram com uma comitiva composta por produtores rurais, representantes de cooperativas, técnicos, o presidente do Sindicato Rural, Rene Miranda, representantes da Famasul e membros do Sindicato. O foco principal do encontro foi a discussão em torno do aumento do Imposto Territorial Rural (ITR) e como assunto secundário o Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI).

O presidente do Sindicato Rural, Rene Miranda, expressou preocupação em relação à cobrança, destacando seu potencial impacto negativo nas propriedades rurais de São Gabriel do Oeste. Em resposta, iniciou-se uma conversa com o setor de fiscalização do ITR da prefeitura, visando alcançar um consenso dentro dos limites legais e evitar prejuízos significativos aos produtores.

O ITR, tributo federal anual que incide sobre propriedades rurais, tem parte de sua arrecadação destinada ao governo federal e parte às prefeituras municipais. O valor é calculado considerando a área do imóvel, sua localização, grau de utilização e destinação. A declaração deve ser feita pelos contribuintes à Receita Federal.

O presidente do Sindicato Rural, Rene Miranda, relatou ao Idest sobre a reunião, descrevendo-a como produtiva. Ele destacou a necessidade de revisão nos critérios de cálculo do ITR, considerando os valores históricos da terra nua em São Gabriel do Oeste, originalmente indexados em vacas boiadeiras por hectare.


Foto: Divulgação Assessoria Prefeitura

Miranda enfatizou a importância de criar parâmetros coerentes para evitar aumentos injustificados, levando em consideração a realidade econômica e as oscilações nos preços de commodities como soja e carne.

Além disso, o presidente abordou a questão do ITBI, cuja preocupação é encontrar valores reais, considerando preço e prazo para pagamento de áreas.

Miranda ressaltou as dificuldades enfrentadas pelo setor, incluindo o aumento dos custos de produção e a queda nos preços da soja e da carne. Ele alertou para a importância de um debate técnico, destacando que misturar política partidária pode prejudicar o setor agrícola, citando o exemplo de excessivas exigências ambientais na Europa.

O presidente concluiu destacando a necessidade de uma abordagem abrangente e técnica para garantir a sustentabilidade do setor e evitar retrocessos econômicos, lembrando que é vital calcular impostos e custos de produção com equilíbrio e coerência.

 

 

pmsgo

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