A Polícia Civil do Paraná prendeu nesta sexta (23) um homem de 35 anos suspeito de envolvimento na morte de dois estudantes no ataque ao Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, na região Norte do Paraná, que aconteceu na última segunda (19). De acordo com nota encaminhada pela Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR), o homem foi preso em Rolândia. É a quarta pessoa detida suspeita de ligação com o ataque, que culminou na morte dos alunos Karoline Verri Alves, 17 anos, e Luan Augusto, 16 anos.
O primeiro homem preso, suspeito de atirar, foi encontrado morto na cela onde estava na Casa de Custódia de Londrina (CCL). A polícia também prendeu um homem de 21 anos em Rolândia, cidade vizinha de Cambé, e outro de 18 anos em Gravatá, em Pernambuco.
“A Secretaria de Segurança Pública do Paraná informa que um homem de 35 anos foi preso pela Polícia Civil nesta sexta-feira (23) em Rolândia, dentro das investigações do atentado ao Colégio Estadual Helena Kolody, ocorrido em Cambé, na última segunda-feira (19). As outras prisões que ocorreram depois do episódio, além do autor, aconteceram em Rolândia (um homem de 21 anos), e Gravatá, no estado de Pernambuco (um homem de 18 anos). As investigações seguem em andamento”.
Bullying
O autor do crime foi um jovem de 21 anos, ex-estudante da instituição, que foi até o local a pretexto de solicitar documentos. Ao chegar na escola, porém, sacou um revólver calibre 38 e atirou contra dois adolescentes de 16 anos, Karoline Verri Alves e Luan Augusto, que foram baleados na cabeça. A aluna faleceu na hora e o rapaz ficou gravemente ferido, sendo hospitalizado. O atirador, por sua vez, teria tentado cometer suicídio após o ataque, mas a arma travou e ele acabou contido por funcionários da escola e foi preso.
Segundo o coronel Hudson Teixeira, policial militar e secretário da Segurança Pública do Paraná, o assassino estudou no local do ataque em 2014 e disse às autoridades ter sofrido bullying na escola. Desde então, guardava rancor e planejava uma espécie de vingança. “Ele disse que vem planejando isso desde quando saiu do colégio. Ele guardou toda essa raiva, toda essa mágoa, e foi planejando isso, foi estudando, foi vendo em redes sociais situações semelhantes que ocorreram no país e fora do país também”, relatou o secretário.
A arma do crime teria sido comprada há cerca de um mês e meio e a intenção do atirador era promover um verdadeiro massacre, tanto que ele levou consigo pelo menos seis carregadores para o revólver. “O plano dele era fazer o máximo de vítimas possível no colégio. Não obteve êxito porque o colégio já tinha passado por um treinamento pela Polícia Militar, com o Batalhão Escolar, com o Batalhão de Operações Especiais, então eles sabiam os protocolos de segurança.” Segundo o delegado Amarantino Ribeiro, que investiga o caso, pelo menos 16 tiros foram disparados. “Ele usou três carregadores. Acreditamos que ele tenha atirado pelo menos 16 vezes. Estamos ainda concluindo todas as perícias para ter o número exato”, afirmou ele.
Sobre as duas vítimas baleadas, o assassino teria dito que não as conhecia. “[Ele disse que] Procurou as vítimas com a idade parecida das pessoas da qual ele sofria bullying e o objetivo dele era vitimar o máximo de pessoas possível e cometer suicídio com a chegada da polícia”, emendou o coronel Hudson, destacando que o criminoso foi preso em flagrante.
fonte:pc/pr