Expectativa do governo estadual é que mais de 354,5 mil caminhões circulem em Mato Grosso do Sul no período de escoamento da safra da soja deste ano, totalizando 13,117 milhões de toneladas do produto.
Segundo a Semadesc (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), cada veículo tem capacidade de levar 37 toneladas.
O montante recorde já era esperado por entidades do agronegócio. Segundo dados do Siga (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), a produção de soja deve ter aumento de quase 50% em cima da safra passada, que registrou quebra devido ao comportamento climático.
Conforme a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a produtividade poderá atingir 53,44 sacas por hectare, um aumento de 38,27% em relação ao ciclo anterior. Essa também será a maior produção estadual da oleaginosa, conforme dados da série histórica do órgão, iniciada em 1977.
A mobilização dos veículos de grande porte para transportar os estoques faz com que autoridades determinem algumas estratégias para fiscalização e estrutura.
De acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), o calendário nacional prevê fiscalizar veículos de carga para os próximos meses, o que inclui o controle do excesso de peso dos caminhões, a disponibilidade de equipamentos obrigatórios, bem como o policiamento de velocidade, ultrapassagens e uso de bebida alcoólica.
Conforme a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), ações de manutenção e conservação da malha rodoviária estadual são feitas de maneira periódica, tanto nas rodovias pavimentadas quanto nas não pavimentadas, incluindo também as pontes de madeira.
Segundo a agência, essa rotina de trabalho atende tanto a safra da soja quanto de outras culturas, além da pecuária e da produção da celulose. O órgão afirma que atua diariamente para deixar a malha rodoviária estadual em bom estado de trafegabilidade.
A área ocupada por lavouras de soja tem apresentado crescimento contínuo em Mato Grosso do Sul nos últimos anos. Na safra de 2018 e 2019, foram cultivados 2,98 milhões de hectares com a oleaginosa, passando para 3,8 milhões de hectares na temporada seguinte, um aumento de 31%.
A previsão é de que, nos próximos três anos, esse processo seja acelerado e a cultura passe a ocupar 4,5 milhões de hectares.
cgnw