EUA anunciam mais sanções contra Rússia, por ‘guerra brutal’ na Ucrânia

O governo dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira, 2, em comunicado, novas sanções contra a Rússia, por causa da “guerra brutal” conduzida pelo país na Ucrânia. O secretário de Estado americano, Antony Blinken, diz que estão sendo designados oligarcas russos, entidades estatais e “autoridades ilegítimas” como alvos da medida.

Três oligarcas russos foram punidos pelos EUA hoje, Dmitry Aleksandrovich Pumpyanskiy, Andrey Igorevich Melnichenko e Alexander Anatolevich Ponomarenko. Além disso, a Joint Stock Company State Transportation Leasing Company e quatro de suas subsidiárias também foram punidas.

O Departamento de Estado também puniu quatro outros indivíduos e uma entidade que “operam ilegitimamente em território da Ucrânia, em colaboração com a Rússia”. Vários dos alvos foram designados por aliados e parceiros dos EUA, diz o texto.

Com a punição, ativos dos EUA desses indivíduos ou empresas são congelados, explica o comunicado.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, acusou a Rússia de deflagrar uma “guerra de gás” na Europa, após o anúncio de Moscou de que reduziria ainda mais o fornecimento da commodity na região. Zelenski também instou aliados a intensificarem as sanções contra os russos.

“Faça de tudo para limitar as receitas russas não apenas de gás e petróleo, mas também de quaisquer exportações restantes”, exortou Zelenski, em seu canal oficial do Telegram nesta segunda-feira, 25. “Corte os laços comerciais com a Rússia tanto quanto possível, porque cada um desses laços é uma ferramenta potencial da Rússia para pressionar”, acrescentou.

A estatal russa de energia Gazprom informou ontem que as exportações de gás por meio do vital gasoduto Nord Stream para a Alemanha cairiam para cerca de um quinto da capacidade A redução – de 40% da capacidade atual para 20% – deve entrar em vigor nesta quarta-feira, 27.

“Tudo isso é feito pela Rússia deliberadamente para tornar o mais difícil possível para os europeus se prepararem para o inverno”, disse Zelenski. “Esta é uma guerra aberta de gás que a Rússia está travando contra uma Europa unida.”

A mais recente medida de Moscou em sua crescente guerra econômica com o Ocidente levantou novas questões sobre a capacidade da Europa de evitar a falta de gás natural quando o inverno chegar, o que pode levar ao racionamento, deixando fábricas ociosas e casas frias.

A Rússia negou usar seus suprimentos de energia como arma econômica e culpou os problemas relacionados às sanções com as turbinas do oleoduto pela redução dos fluxos de gás. A Alemanha, maior cliente de gás da Rússia na União Europeia, chamou as medidas de ataque econômico, dizendo que Moscou está usando a questão das turbinas como pretexto.

Porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov disse esperar que os problemas das turbinas do Nord Stream sejam resolvidos “mais cedo ou mais tarde”, mas que os desafios técnicos permanecem. “A situação é criticamente complicada pelas restrições e sanções que foram introduzidas contra nosso país”, destacou.

 

 

Fonte: Dow Jones Newswires.

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